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O Aspecto Psicológico da Dor | Blog Wu Xing TerapiasEste é o segundo artigo da série sobre os aspectos da dor. Leia aqui sobre o aspecto físico e aqui sobre o aspecto social da dor.

Além do aspecto físico da dor (leia aqui mais a respeito), há também o aspecto psicológico que guarda relação com a percepção que a pessoa que sente a dor tem de si própria e de sua dor. Isso é influenciado diretamente pela personalidade da pessoa, pela educação que ela recebeu em casa, por sua relação com outras pessoas e muitos outros fatores.

 

Em síntese podemos dizer que o aspecto psicológico da dor é a interpretação que a própria pessoa faz de sua situação e atribui a si mesma a causa da dor ou a repressão dela. Quem nunca encontrou alguém que se culpava por alguma dor que estava sentindo? Ou, na outra ponta do espectro, aquela pessoa que nega a si mesma a possibilidade de sentir qualquer dor?

Este é um aspecto muito difícil de definir quando tomamos como exemplo uma outra pessoa pois há o risco de cairmos na definição do aspecto social da dor. O aspecto psicológico da dor é algo realmente muito íntimo, por isso o mais fácil é reconhecê-la em nós mesmos.
Basicamente existe quatro tipos de reações a este tipo de dor:

Quadrante 1

Culpa a si mesmo e aumenta a intensidade da dor.
Esta pessoa lamenta-se escondida. Queixa-se de si mesma, não entende porque sente tanta dor, vive indo ao médico, fazendo exames e consumindo muitos medicamentos. Geralmente a dor vem acompanhada de uma autocrítica muito dura, de um autoconvencimento de que ela merece a dor que está sentindo. Um sentido de resignação e impotência que impede a pessoa de se afastar do quadro doloroso.
Pensamentos como “eu mereço estar sentindo isso”, “eu devo sentir essa dor pois não estou contente com meu emprego”, “pois não estou satisfeito com minha família” aumentam o estresse, e diminuem a sensação de prazer, de bem estar e amor próprio. Essa combinação acaba por dificultar a diminuição fisiológica do quadro doloroso e a pessoa acaba ficando “presa” à dor por um longo tempo.

Quadrante 2

Culpa a si mesma, porém nega que aquilo a esteja fazendo mal.
Recusa em procurar ajuda e recusa o aconselhamento para buscar ajuda. Este é o famoso teimoso. Nesse caso também há uma cobrança interna muito grande por autossuficiência, todo o esforço tem em vista a negação da dor e do direito de sentir dor. O padrão de pensamento mais comum é: “eu sou o culpado pela minha dor, logo eu não vou senti-la porque não quero ou porque não posso me dar o direito disso”.
Normalmente pessoas que reclamam de tudo sem causa aparente. Elas podem estar sentindo dor, porém não querem deixar transparecer e acabam canalizando suas reclamações em outras direções que não a sua própria dor.
Um problema sério deste perfil de pessoas, é que elas demoram a buscar ajuda, e frequentemente o que era uma pequena lesão pode se tornar algo bastante grave.

Quadrante 3

Culpa o outro e aumenta a intensidade da dor.
Esta pessoa é a vítima silenciosa. Lembremos que aqui estamos no nível psicológico, logo ela culpa o outro em silêncio. Ela sente a dor e culpa outra pessoa por seu sofrimento. Não raro, são pessoas religiosas que atribuem sua dor a Deus, a alguma punição ou lição que Ele quer ensinar. Normalmente é bastante complicado de lidar com estas pessoas, pois acreditam que estão certas, e que o problema são os outros, por isso não veem motivos para mudar de atitude.

Quadrante 4

Culpa o outro, porém nega a intensidade da dor.
Este é aquele sujeito que vive reclamando dos outros, porém afirma que não tem problema algum. Esse é o indivíduo com o menor autoconhecimento entre os 4 tipos citados. Por isso mesmo é o mais difícil de conseguir uma mudança no seu comportamento. Assim como no caso do Quadrante 2, aqui o problema é que a pessoa não busca ajuda, e uma dorzinha qualquer pode se tornar um problema bastante complexo.É importante lembrar que nem todas as pessoas se encaixam em uma destas quatro categorias. Existem pessoas que não agem assim ou aprenderam no decorrer da vida a evitar este tipo de comportamento.Outro ponto importante de mencionar é que ninguém está preso a uma única categoria para o resto da vida. Nós temos a possibilidade de mudar e amadurecer durante a vida, por isso temos a chance de ir de um quadro a outro e até mesmo deixar para trás esse padrão de comportamento para trás.No futuro poderemos retomar este aspecto para um reflexão mais profunda em relação a este tópico. Se você gostou e quer saber mais, entre em contato com a gente por e-mail, whatsapp ou agende um horário de atendimento.

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